Arroz Doce com Cenoura

Fez este fim-de-semana oito dias que percorri os livros de receitas e destaques de culinária arrancados de revistas já antigas de uma amiga minha... A conversa era boa... surgiu a ideia deste Bacalhau à Brás com Batata Doce e... por lá deitei os olhos à foto de um Arroz Doce com Cenoura.
A receita não a copiei mas não há crise, vamos a experiências...

1/2 cháv. arroz para doce Saludães ou outro de grão redondo (75 gr)
1 cenoura ralada (devia usar 2)
cerca de 1 l água
1 pitada de sal
1 pau de canela
1 casca de limão
4 c. sopa açúcar
500 ml leite gordo (para a próxima vai 1 litro)
4 gemas
canela em pó q. b.

Cozer o arroz e a cenoura com o pau de canela e a casca de limão até que comece a secar.
Retirar o pau de canela e a casca de limão.
Adicionar o açúcar e depois o leite. Retirar do lume para envolver as gemas batidas.
Levar a lume brando para engrossar as gemas.
Servir em taças e polvilhar com canela.

Ficou interessante mas muito subtil. A cenoura não se notava muito.
Ficou também com pouco creme. Para a próxima leva mais cenoura e mais leite.

Arroz de Peru no Forno

Lembram-se deste grande amiguinho? Pois ele não ficou por ali! Deu para 9 pessoas e ainda sobrou bastante!

Bora lá reciclar outra vez!
No dia seguinte, desfiei a carne toda. Para o lixo só os ossinhos (vá, a pele também!).
A cenoura cozida também se aproveitou. E o arroz que o acompanhou, porque não?

...é mal da cozinheira que fez peru para um regimento!

Sobrou tanta carne que deu para um segundo tabuleiro que foi direitinho para o congelador. Não quero comer peru e bacalhau (também foi um tabuleiro pequeno de Bacalhauzada a congelar) até ao Ano Novo!

300 a 350 gr de peru assado e desfiado

1 cenoura cozida em rodelas
arroz cozido q. b.
caldo do assado q.b.
(tinha reservado 3 conchas)
1 c. sopa pinhões
1 punhado de sultanas pretas
1 punhado de sultanas douradas
1 ovo
1 linguiça

(Antes de ir ao forno)

Levei as sultanas no caldo ao microondas por uns minutos. Envolver delicadamente nos restantes ingredientes já na travessa de ir ao forno.
Bater o ovo e pincelar a superfície. Dispor a linguiça em fatias.
Levar ao forno a 200ºc até que a superfície aloure.

Queijadas de Leite e Laranja

É bem fácil de fazer e fica um docinho muito bom!
Encontrei aqui e assim fiquei a conhecer outro blog de onde a receita é original e que me parece ter muitas mais coisas boas.

2 ovos
300 g açúcar
50 gr manteiga
130 g farinha
500 ml leite
1 laranja (sumo e raspa)
canela e açúcar em pó para polvilhar (opcional)
vaqueiro culinesse para untar

Bater os ingredientes adicionando pela ordem descrita. Levar ao forno a 180ºc por 40 minutos numa forma préviamente untada de vaqueiro culinesse. Polvilhar com canela e açúcar se gostar!

Bolo de Queijo com Chila

Este foi o doce revelação na mesa deste Natal. Achei que ficou muito bom e portanto recomendo! O toque citrico a contrastar com o doce da chila e a textura do queijo com as amêndoas torradas... é demais!
Não segui a receita à risca.
Fica uma tarte - apesar da Vaqueiro a chamar de bolo - muito bonita, douradinha para esta quadra.
Não fica rachada! Eu é que me armei em carapau de corrida e, teimosa, resolvi retirar a base da forma de mola. E pimbas! Manias minhas...

200 gr de bolacha maria
100 gr de manteiga
50 gr de amêndoa laminada
300 gr de doce de chila
400 gr queijo philadélfia (porque não encontrei queijo fresco)
180 gr de açúcar
1 limão pequeno, raspa e sumo
1 c. sopa bem cheia de maizena
3 ovos
2 dl natas

Ralam-se as bolachas e mistura-se com a manteiga. Forra-se fundo de uma forma de mola. Torram-se levemente as amêndoas em falhas, numa frigideira antiaderente. Deita-se sobre a bolacha e por cima espalha-se o doce de chila.
Bate-se o queijo em creme com o açúcar. Junta-se a raspa e o sumo do limão e a maizena. Adiciona-se os ovos e as natas e continue e bate-se tudo.
Verte-se na forma e vai a cozer em forno moderado (180ºc) durante cerca de 45 minutos.
Deixa-se arrefecer para desenformar.
Sirve-se bem fresco.

Bacalhauzada

É bem ao jeito do português preferir ter a mais na mesa do que correr sequer o risco de faltar! Pois cá em casa não é excepção.
Na Consoada não faltou o tradicional Bacalhau com a Couve Portuguesa e as Batatas Cozidas. Mas sobrou bastante! E se noutros tempos o bacalhau até tinha um preço acessível, hoje em dia está mais caro! Temos então que reciclar estes alimentos.
É costume fazer a chamada Roupa Velha, que não é mais do que os restantes ingredientes regados com azeite e aromatizados com dentes de alho picados. É de facto muito bom. Mas se na Consoada não abdico do prato tradicional, nos dias seguintes estou disposta a fazer concessões.

Esta receita foi adaptada daqui. A original não aproveitava as batatas e eu achei por bem aproveitar tudo!

É uma Roupa Velha mais requintada, onde se junta o um béchamel, ovos, cebola e alho francês.
É uma Roupa Velha gratinada!

E o nome bacalhauzada também achei engraçado!

800 gr bacalhau cozido em lascas
1 l leite
400 gr couve portuguesa cozida
400 gr batata cozida
margarina q. b.
1 folha de louro
4 dentes de alho
2 cebolas pequenas
1 alho francês pequeno sem a parte verde
2 ovos
75 gr farinha
pimenta branca q. b.

Ligar o forno a 200ºc.
Alourar as cebolas picadas e os dentes de alho ralados na margarina com uma folha de louro. Juntar o alho francês em rodelas e cozinhar até ficar mole.

Junta-se a farinha e vai-se regando com o leite mexendo sempre para dissolver bem. Deitei um pouco de pimenta branca.

Junta-se a couve picada grosseiramente picada e a batata em cubos.
À parte batem-se os ovos e depois envolvem-se com o preparado anterior mexendo.
Adicionei o bacalhau em lascas, envolvi tudo novamente.

Levei ao forno por cerca de 30 minutos, até que gratinou.

Nota: Além deste tabuleiro, a quantidade ainda deu para outro mais pequeno!

Peru de Natal

Vocês nem queiram saber como fiquei quando retirei o peru do forno para preparar o molho e a bateria da máquina fotográfica resolveu armar-se em difícil! Ainda disparou o flash e eu pensei que tinha captado pelo menos uma imagem do meu peru tostadinho por fora e quando vou a ver as fotos no cartão... nada!

Ora bolas! Já o ano passado quando fiz esta receita pela 1ª vez não consegui tirar uma única foto! Isto é o perú que está feito com a bateria! lol

Aliás, é artimanha do peru com toda a certeza porque ia-me dando um chilique no talho quando pedi ao senhor que retirasse o osso dos desejos (todos sabem qual é, certo?) e o senhor entendeu que me ia desossar o peito do bicho. Lá dei conta a tempo e tive que explicar o que era o osso dos desejos ao senhor que lá trabalha há pouco tempo (só me calham é duques!), mas a pele que devia estar intacta para levar a manteiga ficou feita num oito!

Adorei a primeira vez que o fiz embora tenha cozinhado um capão em vez do peru e, não usei nem alecrim nem tomilho porque na altura não encontrei!
Desta vez segui a receita à risca e ainda me deu mais prazer cozinhar e saborear!

Registei tantos passos que não podia deixar de postar a receita.

A receita vi no video Jamie's Christmas de onde tirei várias ideias para deleitar os convidados!

1 peru caseiro de 6 kg
sal
100 gr manteiga (temp. ambiente)
½ noz moscada ralada
1 laranja, raspa
azeite
talos de aipo
2 cenouras
2 cebolas em quartos
azeite

Recheio:
(2) 600 gr carne de porco
1 gema
(1) ½ volume do porco – pão ralado feito em casa
(4) ¼ vol. Porco – ervas: 1 ramo salva, 1 ramo peq. Alecrim e outro de tomilho
(3) 12 damascos secos picados grosseiramente
(5): 2 cebolas vermelhas
1 fio azeite
2 fatias de bacon picado
sal
2 punhados de castanhas cozidas
75 gr manteiga
pimenta q. b.

Molho:
1 ½ farinha
3 caldos de carne

(Natal, 2010)

Retirar o osso dos desejos (pedir no talho), retirar as asas e deitar no tabuleiro. Deitar 1 a 2 colheres de sopa de sal na pele do peru e esfregar.
Fazer uma pasta com a manteiga, noz moscada, raspa da laranja.

No peito, separa-se a pele da carne para temperar com a pasta de manteiga. Enquanto estiver a assar esta gordura vai-se libertando e permite que a carne do peito não fique tão seca.

O salazar pode ajudar onde a mão não chega!

Deitar a pasta de manteiga num saco plástico e cortar uma ponta. Espremer a pasta entre a pele e a carne do peru.

No tabuleiro deitar o aipo e a cenoura cortados em terços, a cebola em quartos e um fio de azeite. Em cima dispor o peru e regar com um fio de azeite. Tapar com folha de alumínio e guardar no frigorífico.

Recheio:

Fazer um refogado com a cebola e as gorduras em lume brando. Juntar o bacon.

Adicionar sal e as castanhas um pouco desfeitas.
Depois desta mistura (5) completamente arrefecida juntar aos restantes ingredientes picados. Envolver tudo com as mãos.

A salva, o alecrim e o tomilho! Aromas fantásticos! Fiquei super feliz de conseguir encontrar todas as ervas que precisava!
Nunca mais arranjo os canteiros para plantar! É que vale bem a pena. As ervas são caríssimas e a salva não chegou para outras receitas que fiz. Tive que comprar mais dois raminhos!

*Ver lista de ingredientes.


Juntar sal e pimenta q. b. e envolver com folha de alumínio.


Na manhã de Natal:
Retirar o peru do frio 40 minutos antes de colocar no forno.
Rechear o peru com 2 mãos cheias de recheio, espalmando cada porção. Deitar um pouco na cavidade do pescoço. Com a restante carne moldar almôndegas e deitar no tabuleiro. Deitei algumas noutro tabuleiro de carne que irei publicar futuramente.
Pré-aquecer o forno a temperatura máxima. Quando se colocar o peru reduzir para 180ºc deixando a folha de alumínio. Cozinhar por 3 horas.
Na última ½ hora retira-se a folha de alumínio e aumenta-se a temperatura para tostar a pele.

Verifica-se se está bem cozinhado (Espetar uma faca e ver a cor do suco que a carne liberta. Se estiver rosado o perú ainda não está pronto!)

Quando estiver pronto deixa-se o peru descansar com alumínio e um pano em cima para manter quente, enquanto se faz o molho.

Molho:
Retiramos a gordura (2 a 3 conchas) do peru que se formou à superfície no tabuleiro e levamos o restante molho a lume brando. Deitar 1 ½ c. sopa de farinha e envolvemos com os vegetais para fritar um pouco. Esmagamos os vegetais. Juntamos 3 caldos de carne (usei 2 knorr de galinha) e deixamos reduzir por 25 minutos em lume brando.
Coa-se o molho e serve-se com o peru fatiado.

Molho de Caramelo

Se há aroma que aprecio é do caramelo! Muito mais que o do chocolate!

Já vi imensos blogs com receitas de molho de caramelo (até babava!) mas faltou-me muitas vezes a coragem devido a algumas tentativas desastrosas de fazer o mais simples caramelo.
Até que passei por aqui: Ok, inspirar, contar até 10, vamos a isso! O açúcar até não é muito caro, vamos lá tentar outra vez.

Este molho tem um aspecto fabuloso! Já serviu para fazer um molotof e mal posso esperar por provar umas panquecas bem regadas!

2 cups de açúcar
1/2 cup de água (118 ml)
1/2 cup de natas (118 ml)
2 tbp de manteiga (30 gr)
1/4 cup de natas (59 ml)

Opcional (não usei):
2 tbsp rum
1/4 cup de xarope de milho

Levar a lume brando o açúcar com a água e deixar uns bons minutos até começar a caramelizar.
Ainda demora, mas vale a pena.

Às tantas começamos a sentir o aroma do caramelo a chegar de mansinho... mas ainda falta um pouco.

Esta cor ambar indica que está quase, quase... após uns segundos retirei do lume, mas atenção que o caramelo continua a cozinhar e se não tivermos cuidado queima e está arruinado!

A partir daqui tem que ser tudo muito rápido! E ao mesmo tempo ter cuidado porque a temperatura do caramelo é muito elevada e salpica quando lhe adicionamos outros ingredientes (eu já tenho uma "marca de guerra").

Assim que o caramelo está pronto*, mexe-se vigorosamente com uma colher de madeira e adiciona-se 1/2 cup de natas préviamente aquecidas no microondas (30 segundos). Juntar também a manteiga em pedaços. Mexer sempre! Fica com este aspecto (foto acima).


Juntar agora 1/4 cup de natas também aquecidas no microondas (30 segundos).
Et voilá!

Não esquecer de um dos passos mais importantes: rapar bem o tacho!

Guardar em frasco hermético. Conservar em local frio até 1 mês. Se o caramelo ficar muito espesso com o frio deve-se aquecer uns segundo no microondas antes da sua utilização.

Rendeu cerca de 400 ml.

Tenho que voltar a fazer!

Houve um bocado de caramelo que não consegui envolver bem e que arrefeceu e endureceu. Mas vou aproveitar para uma sobremesa, picadinho... humm... tão bom!
Realmente é difícil fazer isto tudo e ainda tirar fotos, lol.

PS - Estou a preparar o post do meu perú de Natal! Me aguardem...!

*Para reduzir a temperatura pousei o tacho uns segundos em cima de pedras de gelo dentro do lava-loiça. Esta batota ajuda a reduzir a temperatura drásticamente!

Bacalhau à Brás com Batata Doce

Pessoalmente, gosto muito (e não dispenso) das tradicionais postas de bacalhau cozido com a bela da batata e da couve portuguesa, tudo regadinho com um bom azeite....
Mas para quem gosta de variar a confecção do bacalhau na noite de Consoada aqui fica uma sugestão.
Pode também servir para aproveitar postas de bacalhau que tenham sobrado, para quem não gosta da Roupa Velha!

Esta variante difere apenas pela utilização da batata doce.
Foi uma amiga que me sugeriu no fim-de-semana passado. E eu toca de experimentar! Ficou adocicado como era de esperar!

2 batatas doces, grandes
300 gr bacalhau congelado
(PD demolhado e desfiado)
2 cebolas
2 dentes de alho
azeite
3 ovos
leite
sal
pimenta
salsa picada
azeitonas pretas

Descasquei as batatas e parti em palitos muito finos - batata palha -, numa tábua. Fritam-se em óleo quente.
Enquanto isso, num tacho largo deitei a cebola em rodelas, o alho picado e o azeite e deixei suar em lume brando e tapado. Quando a cebola está mole junto o bacalhau desfiado. Deixo suar mais um pouco com o tacho tapado.
Por esta altura as batatas já deverão estár fritas. Reservam-se sobre papel absorvente.
Bato os ovos com o leite e uma pitada de sal e pimenta q. b. e a salsa picada.
Juntam-se as batatas ao bacalhau e rega-se com os ovos. Envolve-se tudo até começar a coagular os ovos, sem deixar secar.
Completar com algumas azeitonas na travessa ou já no prato!

Medalhões de Pescada com Limão

Há pessoas que dizem que pescada é alimento para doentes. Pois por aqui come-se sempre! Quer estejamos doentes ou não, ela é sempre bem vinda. Mas não necessariamente com batatas cozidas... Esta - bem aromática - acompanhou um arroz basmati.

5 medalhões de pescada
4 c. sopa azeite
2 c. chá caril
1 limão
4 c. sopa salsa picada
3 c. chá açúcar
sal
pimenta

Temperei os medalhões com sal e deixei no frigorífico a descongelar.
Picam-se os dentes de alho e deitam-se num tacho com o azeite. Alourei em lume brando. Polvilha-se com o caril, mexe-se, rega-se com o sumo do limão, polvilha-se com salsa picada, açúcar e pimenta.

Colocam-se os medalhões e deixam-se cozer em lume brando, com o tacho tapado, por 20 minutos.
Retira-se o peixe para uma travessa e rega-se com o molho.

Deixo também a sugestão de adicionar 1 pacote de natas ou leite de coco no fim da cozedura do peixe. Para uma próxima experimento.

Fonte: Livro de receitas de peixe, Vaqueiro

Sopa de Lentilhas

Conheci as lentilhas quando chegou a altura de introduzir as sopas na alimentação da Beatriz!
Esta leguminosa é altamente nutritiva, contém muito ferro e é muito saborosa.
Ao contrário do feijão, não há necessidade das lentilhas ficarem de molho de um dia para o outro. Uma ou duas horas bastam. O que faz com que a sua utilização possa ser mais espontânea e a sua preparação mais rápida.
Quando experimentei com bacon, resultou muito bem e daí a repetição desta sopa cá por casa.
A receita é flexível. Muitas vezes não tenho brócolos e faço na mesma. Pode-se sempre adaptar às preferências dos comensais.

1 cebola
2 dentes de alho
1oo gr de bacon fatiado
1 dl azeite
1 batata
1 caldo knorr de galinha
250 gr lentilhas cozidas
150 gr abóbora
1 cenoura
150 gr brócolos
sal
pimenta

Refogar a cebola e o alho picados em azeite. Juntar o bacon picado e alourar ligeiramente, sem deixar queimar. Adicionar a batata, a abóbora, os brócolos, o caldo knorr e água quente suficiente para a sua cozedura. Tempero de sal.
Quando tudo está cozinhado junto as lentilhas rectifico o tempero (só uso pimenta quando tenho outra sopa para a Beatriz).
Deixo levantar fervura e passados uns 5 minutos desligo o lume.


Sugestões:
Quando ando mais inspirada reservo alguns pedaços de bacon (depois de alourar) para decorar quando sirvo, outras vezes recorro aos cubinhos de pão frito.
E também é costume retirar duas conchas de sopa, passar com a varinha mágica e juntar novamente à restante para que fique cremosa q. b.